Ile Asé Osun Opara

Ile Asé Osun Opara

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Abíasé..


A B Í A S É

Considero Àbíàse ou Àbíose, aquele Ser que a progenitora tenha realizado um ou mais Ìbímo “trabalhos relativos à gravidez e ao nascimento” e entenda-se que esta criança somente veio ao mundo pelo poder de realização do àse. Outra consideração, são aqueles que durante a gestação, a Mãe tenha realizados Ritos de Passagens ou seja iniciação ou consagração dentro do Culto aos Òrìsà.

A grande polêmica que gera justamente dentro deste contexto, está no fato de alguns religiosos afirmarem categoricamente que este Ser “nasce feito no santo”. Ora sabemos que o exterior da gestante influência o interior, ou seja, o feto; e esta situação não difere no campo religioso, quando a noviça esta recebendo o àse dos ritos iniciáticos. Entretanto quem esta recebendo os ritos de consagração é a mãe e não o feto.
Após 16 dias a partir do nascimento, a criança deverá passar pelos ritos iniciáticos e se for menina será consagrada a divindade Òsun, e se menino consagrado a Òsálá. Claro que não se trata de uma regra, pois esta criança poderá ser iniciada e consagrada a uma outra divindade se assim Òrunmìlà determinar.
Somente em nível de informação, aos dois meses de gravidez o feto já possui praticamente, todos os órgãos formados que se desenvolverá até o final da gestação. Embora os pulmões formados, estes não funcionam, pois á oxigenação do feto é feito através do sangue da mãe, útero – placenta – cordão umbilical. É por isso que ele não se afoga ao estar mergulhado dentro de uma bolsa, completamente imerso no líquido amniótico, que é quase que totalmente fluídos. Quando o bebê vier a nascer e o cordão umbilical for rompido, ele deixará de “respirar” pelo cordão umbilical e passará a respirar pelos pulmões, que no entanto já estavam prontos há muito tempo.
Agora chegaremos ao ponto chave da questão: Embora o feto tenha uma vida dependente, este somente receberá o “sopro da vida” de Olódúmarè, a partir do momento que vier ao nosso mundo, ou seja “nascer” e neste exato momento o “espírito” tomara posse de seu corpo. Alguns religiosos acreditam que o “espírito” que reencarnará, poderá visitar sua futura mãe quantas vezes desejar.

Antes de uma mulher proceder os Ìbímo ou mesmo os ritos litúrgicos da iniciação, esta deverá ser orientada, a fim de que esteja ciente da futura vida espiritual de seu filho ou filha que virá ao mundo.
Seja qual for a razão desta não cumprir com suas obrigações, nada poderemos fazer, pois esta amparada na lei do “Livre Arbítrio” a livre escolha que todos temos o direito.
Podemos deduzir, mas não afirmar de fato as conseqüências para a criança, mesmo esta sendo completamente inocente. Enquanto não cumprir com os ritos iniciáticos esta condição de Àbíàse estará estagnada. Conheço apenas uma Àbíàse que sua mãe não cumpriu com suas obrigações e que já em idade adulta se iniciou por inúmeros problemas de vida. Estes problemas surgiram quando esta estava no auge de sua carreira bem estabelecida financeiramente, uma família exemplar, mas viu sua vida desmoronar diante de seus olhos. Depois de suas obrigações, restabeleceu com exito sua vida e de sua família, enquanto que sua mãe continuava tentando até pouco tempo atrás.



Perguntas das pessoas!

...Como o feto pode ser considerado dissociado da mãe... A princípio não sei de que forma você entendeu o que aqui foi exposto.
...Se todos os fluídos e nutrientes são transmitidos ao embrião, ao feto, ao bebê, como não seria o a?... Os quais conseguirem passar pela placenta a “fronteira biológica entre a mãe e o feto”   dos quais somente algumas substâncias conseguem "violar" o bloqueio, tais como algumas espécies de vírus e substâncias tóxicas.
...Transmissão do a em diversas formas ritualísticas, que incluem inclusive a ingestão, deglutição, banhos etc que impregnam todo os órgãos e partes do corpo... Em toda minha jornada religiosa, jamais estive ciente de que o Àse ficasse acumulado em qualquer parte do corpo humano a não ser no “espírito” do individuo.
...Não seria plausível concorda que estando a iniciada grávida seu bebê estaria recebendo este a? Não tenho como concordar! Acabo de afirmar que em meu conhecimento, o Àse é impregnado na parte espiritual do Ser e não na parte material... Não é somente na Filosofia Yorubá que o “espírito” a reencarnar, acompanha, “fluidifica” sua progenitora, esperando o momento do nascimento, o chamado “sopro de vida” outorgado pelo Deus Supremo no momento do nascimento...
Existem celebres Sacerdotes e Sacerdotisas, de nome e renome que afirmam categoricamente que esta “criança nasce feita no santo...” Respeito à opinião de todos, mas não posso aderi-lá, pois confundem mito com realidade, e em minha humilde concepção, quem passou pelos ritos de iniciação e consagração foi a gestate e não o feto.
Agora a pergunta que muito me interessa a todos aqueles que possam de alguma forma ou de outra me responder:
Uma mulher estava se iniciando, sendo consagrada ao Òrìsà Ògún... Obviamente a noviça estava recebendo os ritos iniciáticos dentro do Culto de Ògún, , ou melhor, sendo incorporado o àse de Ògún... Pois ao que se sabe, o OSU de Ògún é unicamente e exclusivamente aos iniciados deste, não serve para outra Divindade...
o        Se nasce feita... Nasce feita de Ògún ?
o        Se nascer feita... Porque os Terreiros Tradicionais da Bahia, consagram nesses casos, as meninas ao Òrìsà Òsun e os meninos ao Òrìsà Obatala ? Se esta recebeu os fundamentos de Ògún ?
o        Se já nasceu feita de Ògún... Porque em casos raros a Divindade Tutelar da criança, nesses casos, não pertencem nem à Òsun, quanto menos à Obatala ? Onde Orunmila irá determinar a Divindade a ser consagrada?
Um dos fatores que  “MARCA”  a iniciação é o  “OSU”  que a pessoa carrega durante os ritos iniciáticos e este feto não o carregou... Mesmo que a mãe ingerir este, do qual considero um absurdo, este seria eliminado pelo Sistema Escretor...
Outro absurdo que vejo em tempos atuais, do que considero uma Neo-Tradição, uma invenção do povo-de-santo e ainda muito empregado em algumas casas-de-candomblé, é o fato da noviça-gestante carregar o OSU em sua cabeça e o da criança em seu  “UMBIGO”...
Isso que poderia, aqui ficar “relatando” casos e mais casos, sobre como tentam provar que o Abiase  “nasce feito...” Certo de que:   “Cada Casa com seus hábitos e costumes, mesmo que estas não possuam bases fudamentadas para explicar e justificar seus atos”.

Antes de uma mulher proceder os Ìbímo ou mesmo o rito litúrgico da iniciação, esta deverá ser orientado, afim de que esteja ciente da futura vida espiritual de seu filho ou filha que virá ao mundo.
Seja qual for à razão desta não cumprir com suas obrigações, nada poderemos fazer, pois esta amparada na lei do “Livre Arbítrio” a livre escolha que todos temos o direito.
Podemos deduzir, mas não afirmar de fato as conseqüências para a criança, mesmo esta sendo completamente inocente. Enquanto não cumprir com os ritos iniciáticos esta condição de Àbíàse estará estagnada. Conheço apenas uma Àbíàse que sua mãe não cumpriu com suas obrigações e que já em idade adulta se iniciou por inúmeros problemas de vida. Estes problemas surgiram quando esta estava no auge de sua carreira, muita bem estabelecida financeiramente, uma família exemplar, mas viu sua vida desmoronar diante de seus olhos. Depois de suas obrigações, restabeleceu com êxito sua vida e de sua família, enquanto que sua mãe continuava tentando até pouco tempo atrás.

Como dito no tópico sobre Àbíkú  “Em meu entendimento, existe um imenso abismo que separa os Àbíkú dos Àbíàse !”.
Considero Àbíàse ou Àbíose, aquele Ser que a progenitora tenha realizado um ou mais Ìbímo  “trabalhos relativos à gravidez e ao nascimento” e entenda-se que esta criança somente veio ao mundo pelo poder de realização do àse. Outra consideração são aqueles que durante a gestação, a Mãe tenha realizado Ritos de Passagens, ou seja, iniciação ou consagração dentro do Culto aos Òrìsà.
A grande polêmica que gera justamente dentro deste contexto, está no fato de alguns religiosos afirmarem categoricamente que este Ser “nasce feito no santo”. Ora sabemos que o exterior da gestante influência o interior, ou seja, o feto; e esta situação não difere no campo religioso, quando a noviça esta recebendo o àse dos ritos iniciáticos. Entretanto quem esta recebendo os ritos de consagração é a mãe e não o feto.
Após 16 dias a partir do nascimento, a criança deverá passar pelos ritos iniciáticos e se for menina será consagrada à divindade Òsun e se menino consagrado a Òrisànla. Claro que não se trata de uma regra, pois esta criança poderá ser iniciada e consagrada a uma outra divindade se assim Òrunmìlà determinar.
Somente em nível de informação, aos dois meses de gravidez o feto já possui praticamente, todos os órgãos formados que se desenvolverá até o final da gestação. Embora os pulmões formados, estes não funcionam, pois a oxigenação do feto é feita através do sangue da mãe, útero – placenta – cordão umbilical. É por isso que ele não se afoga ao estar mergulhado dentro de uma bolsa, completamente imerso no líquido amniótico, que é quase que totalmente fluídos. Quando o bebê vier a nascer e o cordão umbilical for rompido, ele deixará de “respirar” pelo cordão umbilical e passará a respirar pelos pulmões, que, no entanto já estavam prontos há muito tempo.
Agora chegaremos ao ponto chave da questão: Embora o feto tenha uma vida dependente, este somente receberá o “sopro da vida” de Olódúmarè, a partir do momento que vier ao nosso mundo, ou seja “nascer” e neste exato momento o “espírito” tomara posse de seu corpo. Alguns religiosos acreditam que o “espírito” que reencarnará, poderá visitar sua futura mãe quantas vezes desejar


(Escrito por Baba Guido).

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